sábado, 29 de maio de 2010
sábado, 22 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
Objeto para si
O conceito do projeto da Torre Cápsula foi com certeza bastante inovador, ele veio a quebrar todos os preceitos da arquitetura mundial já existentes e foi a primeira arquitetura Cápsula construída para o real uso, colocou em prática as idéias do metabolismo, através de Kisho Kurokawa, o líder do grupo metabolista e seu arquiteto, que viu no projeto a essência da reciclabilidade, que tornou-se um protótipo do que seria a arquitetura sustentável. Isso se deu pelo fato das capsulas serem separadas por módulos, o que em tese facilitaria a substituição ou alteração de cada unidade após o passar do tempo, também podendo mudar a disposição dos módulos e criar ambientes diferentes. A obra foi considerada um dos principais exemplos do movimento metabolista, já que ele tinha como objetivo mesclar elementos de humanismo com estruturas adaptáveis e flexíveis, o mesmo conceito da torre Cápsula.
Notamos através das pesquisas que o projeto trouxe a tona principalmente no Japão, o desafio de saber se a produção em massa poderia expressar uma nova qualidade, já que o Japão modernizou-se sem que cada indivíduo pudesse criar sua própria habitação de acordo com o seu gosto e capacidade econômica.
Outro conceito para os projetos metabolistas, incluindo a torre, era o de criar uma idéia própria de arquitetura e competir com as invenções criadas pelos arquitetos ocidentais, criando um estilo próprio, porem mais engajado nas necessidades mundiais. Esse grupo de arquitetos metabolistas que mais cedo obtiveram influência forte do brutalismo de Le Corbusier provaram ser mestres do design com muitas outras construções do tipo e ainda exposições. Foram muitos exemplos, como: o Sky Bulding no. 3, Tóquio (1971), de Youji Watanabe, o Castelo de Juventude Kibogaoko, de Tatsuhiko Nakajima, Shiga (1973) e o Centro de Comunicação Yamanashi, Kofu (1964 - 1967), de Kenzo Tange, um importante arquiteto, mais velho dentre os outros do grupo.
Podemos notar que a intenção do arquiteto era expressar a visão de uma sociedade em constante desenvolvimento e mutação, e isso pode ser bastante observado com a torre Cápsula e também pode ser observado com a mesma intenção em cidades oceânicas, aéreas, unidades agrícolas, unidades residenciais moveis e estruturas helicoidais por exemplo.
Resumindo, o conceito da torre Cápsula tem base nos sistemas tecnológicos e nos sistemas de agregação de cápsulas residenciais, crença num novo tipo de revolução tecnológica. Ênfase no planejamento sistemático devido às questões energéticas, crescimento continuo e preocupação teórica quanto a criação de mega-estruturas transformáveis.
Tudo isso na teoria deu muito certo, mas agora mais de 30 anos após a construção, podemos finalmente analisar o prédio vendo se os resultados almejados em conceito vieram realmente a acontecer. Ao discutirmos, notamos que apesar de inovador, o projeto praticamente que obriga a troca das capsulas após um período de tempo, e apesar da estrutura ser feita a estar facilitando tal troca, nem sempre ela será vantajosa nas questões de tempo e dinheiro, já que dizem os estudos que levaria-se alguns meses para finalizar o prédio e elevados custos.
Hoje em dia o prédio encontra-se bastante precário, e os moradores insistem na sua demolição, exatamente pelos motivos citados, dessa forma, tornou-se muito difícil recuperar a visão da reciclabilidade de 30 anos atrás hoje em dia. Também contribuiu para isso, a falta de manutenção, que acabou ocasionando deterioração da estrutura e grande queda na qualidade de vida dos seus moradores, que hoje em dia não são muitos.
Apesar de ser a opção mais rentável, nosso grupo não defende a demolição, já que acreditamos no patrimônio cultural, e sabemos, que além de ser uma incrível arquitetura, é a idealização de um ideal. Até hoje a torre é lembrada como um marco e isso por si só já se torna um motivo para a preservação da mesma.
Acreditamos sim, na importância que o movimento e consequentemente a obra tiveram na arquitetura do Japão e também na mundial, esse não necessariamente será o modelo de construção ideal para a revivificação do conceito, mas com certeza foi imprescindível a sua existência para uma melhor compreensão das estruturas adaptáveis.
domingo, 16 de maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
AS UTOPIAS URBANAS
O último quartel do século passado foi
marcado pela intensificação do debate
sobre a relação entre CIDADE e MEIO
AMBIENTE, fruto dos questionamentos
dos princípios do urbanismo moderno,
dada a crescente situação catastrófica
das metrópoles e o quadro de alienação
do homem contemporâneo.
è A segregação espacial, tanto étnica
quanto social, nas grandes
concentrações urbanas, assim como
os problemas decorrentes de uma
postura predadora em relação à
natureza e seus recursos, fizeram com
que surgissem críticas, desde o
segundo pós-guerra, ao funcionalismo,
estandardização e suburbanização da
cidade, alegando sua monotonia e
forte ênfase ao individualismo.
Paralelamente à abertura interdisciplinar
que ocorreu na área do planejamento
urbano e o amplo desenvolvimento do
desenho urbano, ocorridos entre as
décadas de 1960 e 1970, as UTOPIAS
URBANAS eclodiram com o avanço da
Era da Informática, da Contra-Cultura, da
crise energética e do despertar ecológico.
è Embasadas pelas críticas
empreendidas pelo urbanismo
humanista, assim com pelas idéias
difundidas desde dos anos 50 por
nomes como Herbert Marcuse (1898-
1979), Burrhus F. Skinner (1904-90),
David Riesman (1909-2002) e os
irmãos Goodman, surgiram 02 (duas)
vertentes utópicas:
Ø TECNOTOPIA: solucionava os
problemas através da tecnificação
de ambientes (tecnocentrismo);
Ø ECOTOPIA: voltava-se para o
resgate da relação harmoniosa com
a natureza (ecocentrismo).
A idéia de assentamentos humanos sociais e
ecologicamente sustentáveis ganhou força a partir
dos anos 70, em especial, após a Contra-Cultura,
que apresentou comunidades alternativas,
embasadas no desejo de se abandonar um modelo
de vida dominante e apontar um possível caminho
para a sustentabilidade urbana.
TECNOTOPIA
Em meados da década de 1960, uma
nova geração de arquitetos apresentou a
utopia em resposta ao descontentamento
produzido pela situação da arquitetura e
urbanística modernas. Suas proposições
– na maioria inviáveis – serviram de
germe do futuro, associando algumas
aspirações físico-espaciais com
possibilidades científico-tecnológicas, as
quais ocorreriam num futuro próximo.
è Denominou-se TECNOTOPIA o
conjunto dessas propostas que,
baseando-se em parâmetros técnicoconstrutivos,
desenvolveu propostas
de espaços fantásticos, especialmente
através de grupos de vanguarda. A
arquitetura tecnotópica fez pesquisas
sobre novas tecnologias e
agenciamentos espaciais, acabando
por influenciar toda a produção
ficcional, em especial, a televisão e o
cinema17 dos anos 60 em diante.
Os tecnotopistas propunham espaços variáveis e
multifuncionais, principalmente através da
reciclagem de elementos móveis, que seriam
agregados a estruturas primárias fixas
normalmente destinadas à circulação e aos
serviços; além de criarem megaestruturas
adaptáveis por encaixes, deslizamentos ou
acoplamentos; e emprego de películas
pneumáticas móveis e de “células” sintéticas.
è Criticados por desconsiderarem os
pontos de vista de sociólogos e
psicólogos, criaram uma metodologia
pseudo-científica que incentivava
escolhas libertadoras em prol da
fundação de uma civilização urbana
não-alienada, associada à máquina e
voltada à eficiência técnica e à
qualidade do ambiente construído.
Grupos idealistas:
METABOLISMO (1959)
ARCHIGRAM (1961)
ECOTOPIA
A defesa do retorno do ser humano à
natureza esteve sempre presente na
evolução do pensamento utópico desde a
Renascença, mas foi a partir da
Revolução Industrial (1750-1830) e de
suas conseqüências que passou a ser
teorizada por meio dos ideais românticos
e naturalistas, revestindo-se de uma força
sem igual na década de 1960, quando o
colapso do modelo econômico capitalista
e a situação catastrófica das metrópoles
pareciam inevitáveis (CASTELNOU, 2005).
è A palavra ECOTOPIA foi utilizada
pela primeira vez em 1877 no livro A
crystal age (Uma era de cristal) , do
ornitologista e escritor naturalista
britânico, de origem argentina, William
H. Hudson (1841-1922) , que ficou
mais conhecido por seus romances
exóticos, embora tenha escrito sobre
ornitologia e ruralismo.
133
Com o despertar ecológico da década de
1970, a ECOTOPIA passou a ser uma
das alternativas de postura em relação ao
acelerado avanço da tecnologia e da
sociedade de massa, fortemente marcada
pelos mecanismos de alienação e
consumo. Com bases literárias bastante
fortes18, encontrou subsídios para se
difundir como uma nova proposta de
reintegração homem/natureza e do
restabelecimento da harmonia ambiental.
Movimentos Idealistas:
ECO-ANARQUISMO
SURVIVALISMO
Fonte:
www.istoecidade.weebly.com/uploads/3/0/2/0/3020261/ta447_apostila_parte_2.pdf
sexta-feira, 14 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
OBRAS
- Agricultural City Plan
- Project for a Helix city
- Floating City, Kasumigaura
- Prefabricated Apartment House by 3-Dimensional Concrete Units
- Metabolism Scketch
- Metamorphosis’65
- The Cannery of Nitto Food Company
- Hishino New Town
- Fujisawa New Town
- Resort Center Yamagata Hawaii Dreamland
- Expo’70 (Toshiba IHI Pavilion, Takara Beautilion, Theme Pavilion)
- Paris Pompidou Centre International Competition Design
- Nakagin Capsule Tower
- TANU Headquarters Building and National Assembly Hall, Tanzania
- Head Office of the Fukuoka Bank
- UAE (Abu Dhabi) Conference City Design Competition
- Sony Tower
- Headquarters of the Japanese Red Cross Society
- National Museum of Ethnology
- Saitama Prefectural Museum of Modern Art
- National Bunraku Theater
- Wacoal Kojimachi Building
- Expo’85 (Block G for Foreign Countries, Electronic Power Pavilion, Toshiba Pavilion, IBM Pavilion, The Mitsui Group Waterfall Pavilion)
- New Tokyo Plan 2025
- UAE (Abu Dhabi) National University Design Competition
- Nagoya City Art Museum
- Japanese-German Center of Berlin
- Hiroshima City Museum of Contemporary Art
- Osaka Prefectural Government Office (New Wing)
- Okinawa Prefectural Government Office
- Memorial Hall for Shirase Expeditionary Party of the South Pole
- Miki House New Office Building
- Nara City Museum of Photography
- Aiwa Golf Clubhouse and Hotel, Miyazaki Course
- Kyushu Golf Club, Yahata Course
- Shirotopia Memorial Park Rest House Senkantei
- The Museum of Modern Art Wakayama/Wakayama Prefectural Museum
- Ehime Museum of Science
- Ishibashi Junior High School
- Kibi-cho City Hall/Kibi Dome
- Softopia Japan
- Fukui City Museum of Art
- Kashima-machi City Hall
- Shiga Kogen Roman Art Museum
- Fujinomiya Golf Club
- Hotel Kyocera
- Amber Hall
- Kyocera Headquarters Building
- O_Residence
- Central Plaza One and Two
- Chinese-Japanese Youth Center (Beijing, China)
- The Sporting Club at Illinois Center (Chicago, USA)
- Melbourne Central (Melbourne, Australia)
- Lane Crawford Place (Singapore)
- Republic Plaza (Singapore)
- KL Internatioal Airport (Selangor, Malaysia)
- Astana Master Plan for the New Capital of Kazakhstan
- Public Space Conceptural Design Along The Central Axis in Shenzhen City Center
- New Wing of the Van Gogh Museum (Amsterdam, Netherlands)
- Osaka International Convention Center
- Flower Hill Museum
- Fukui Prefectural Dinosaur Museum
- Oita Stadium
- Toyota City Stadium
- Sakai City Nobiyaka Kenkokan
- Japanese Nursing Association Headquarters
- Nagasaki Museum of History and Culture
- National Art Center, Tokyo
- Nagasaki Prefectural Archeological Center Iki City Isshikoku Museum
- Spazio Brera Ginza
- Guangzhou Pearl Riverside Area Concept Plan and Focus Urban Design
- Kunming New International Airport Master Plan (Kunming, China)
- Yilanzhai Museum (Nanking, China)
- Astana International Airport (Astana, Republic of Kazakhstan)
- Tea Ceremony House and Japanese Garden at Westcott House, The Frank Lloyd Wright Foundation (Springfield, USA)
- The Zhengdong New Town Zhengzhou City, China
- Maggie’s Centre (Swansea, England)
- http://www.kisho.co.jp/page.php/253
- Chongqing International Financial Center (Chongqing, China)
- Dianshang Lake Villa Lake House (Shanghai, China)